quinta-feira, 23 de setembro de 2010

_____ RAP _____

Andado pelas ruas da Cidade Nua
Sempre fria apesar do calor escura sombria
Mais ao mesmo tempo atraente
Eu não me abalo to em casa sigo em frente
Becos e viadutos, surge os conteúdos
A vida e a miséria juntas é um absurdo
Dividir o pão duro com o vira-lata
Que você acha não tem a menor graça
Pra mim assim vai vendo é tão ruim
Vivendo no limite a espera do fim
Sua indiferença não muda a vida dura
Daquele mano que cata papelão na rua
Pra ter o que comer e sobreviver com dignidade
Mesmo vivendo as margem da sociedade
Que preconceituosamente discriminam aqueles que nada tem
Que só quer um dia poder viver como eu e você também
Um teto um endereço me diz qual é o preço
Aonde é que eu me encaixo se é isso que eu mereço
Essa é minha cidade minha realidade, não fujo da verdade
Mano, eu vou na boa seguindo o meu caminho
Pois tenho certeza que não estou sozinho
Olho pro céu Deus guia minha caminhada
Me põe no caminho reto e me livra da cilada
Cidade Nua implacável pra quem não conhece
Uma vez dentro dela você jamais esquece .
http://krissarabbit.blogspot.com/

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Um amor no pantanal

Quando nos falamos em amor, podemos nos questionar o que na verdade é o amor ?
Aqui nos alagados, estou eu.
Procurando entender oque é esse sentimento que nos faz tão vivos e tão curiosos.
Eu estou cansado de procurar o meu AMOR, estou cansado de buscar AMOR.
Contudo não sinto nem um pouco de preguiça, ao me confrontar com a questão de procurar entender esse sentimento,  que só o tempo nos faz entender.
Quando os pensadores, se dedicam a entender os valores dos sentimentos, eles procuram fazer teorias baseadas em experiências vividas. contudo como vou saber uma teoria de algo que nunca vivi ?
Por enquando não posso afirmar nada sobre o amor.
Só que aqui no pantanal é outra história, existem mitos de amores eternos, de almas gemêas, de paixões em meio a fazendas, em meio as matas, em meio as águas. em meios aos tempos que não estão em nossas memórias.
Amores verdadeiros e únicos, não explícaveis nos romances, e não citados na literatura ocidental, não relatados nos livros do sentimento mundial.
Não existem fatos, que comprovem que o amor é normal ou surreal aqui nesses confis do PANTANAL.

O eu no mundo.

Hoje não quero existir, hoje não quero ser, hoje o tempo passa as coisas complicam e a vida magoa.
 Hoje deixo a poeira nos cantos, deixo os meus sonhos para traz, tudo oque planejei fazer, já não adianta mais.
O néctar das flores já foram, o gosto das águas já se amargou.
Tudo para o meu Eu, já não faz sentido.
Estou privado do meu coração, estou privado do meu romance, estou privado dos meus signos.
Que caminho vou seguir se voçê não está aqui.
Quando se foi, não percebeu que levou a maior parte de mim.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O RETORNO A CAMINHADA.

Sempre caminhei, talvez esse seja o meu maior amor, aos dois anos eu aprendi e não parei até agora, cada pessoa caminha em direção a algo, o nosso maior objetivo, e talvez ao chegar no fim dessa jornada, essa curiosidade, esse desafio, a esperança, a força que me trouxe até aqui as vezes se vai. Sempre, me sinto frustrado, iludido e usurpado, nessa estrada da vida, caminhei, caminhei e caminhei e por outra hora, estive parado somente a observar, lutamos, batalhamos, para chegar a determinado ponto, sendo esse ponto, um ponto de sua vida, e por lúdico que possa parecer, esse ponto que objetivamos, é só uma esquina, que se divide em mais 3 pontos, nos colocando sempre em meio a tradeoffs constantes e inexplicaveis. Estou enfermo com isso, esses tradeoffs me causam nauseas e momentos de depressão. vida e mundo controversos e retrogrados, eu não quero ser um confrontador, um revolucionário ou um demagogo, vou simplismente deixar o coração guiar meus sonhos. e acreditar que o hoje foi um dia bom, e nesta minha caminhada a única coisa que eu vejo é estrada.

domingo, 5 de setembro de 2010

O rio Aquidauana e o menino.

Se o filho do pescador no rio se encontra.
Se o filho do pescador no rio se banha, se limpa, se purifica, só mergulha e só brinca.
A isso para o mundo das máquinas o que importa ?
Se a eles o rio é só um fio, se a eles o menino é apenas um vadio.
 E o motivo da sua tão bela alegria, não traz lucro para a diretoria.
Olham, sem ter o por que se importar, para eles, aquilo tudo, é apenas um menino a se lavar.
Contudo se o menino do rio cresce, entende, conhece e amadurece, se revolta e se estabelece.
Como homem, como pai, como mestre.
Assim como o rio encontra o mar, todo ser com a sua vida haverá de se encontrar.
Se o simples menino entende que o sentido da sua vida é proteger seu rio, sua essência, seu lugar.
Depois de muito tempo passar, ele compreendeu isso tudo em um dia solar, observando ao longe seu velho pai, no barranco com a linha e o anzol se acabando a cantar.